C A S E S

 CASE 1

  

Uma empresa chinesa produtora de canos de PVC para obras de saneamento básico, ou seja, destinados a contenção de transporte de esgoto doméstico, ao perceber o potencial de crescimento brasileiro neste setor, decide buscar por uma empresa brasileira que fosse sua parceira e a ajudasse a se inserir no mercado brasileiro.


Convencida que havia encontrado esse parceiro, a empresa chinesa fornece os produtos para que a empresa brasileira os comercializasse no mercado nacional, entretanto, com o passar do tempo os repasses dos lucros obtidos deixaram de ser enviados ao exportador.


Após meses de atrasos nos pagamentos e desencontros com as informações repassadas pelo parceiro brasileiro, o exportador chinês nos contata e solicita auxílio para entender quais eram os problemas encontrados pelo importador para enviar os devidos pagamentos oriundos da comercialização dos produtos mencionados.


Ao entrarmos em contato com o importador brasileiro e realizar uma reunião, entendemos que os pagamentos que tinham sido remetidos ao exportador eram provenientes de uma licitação a qual o importador tinha participado e sido selecionado com a empresa responsável por realizar a manutenção e expansão dos serviços de saneamento básico no estado de São Paulo. Contudo, o importador estava encontrando muitas dificuldades em encontrar novos compradores para essas mercadorias enviadas pelo importador e sequer tinham nacionalizado o restante das mercadorias enviadas para evitar pagar os custos envolvidos neste processo.


Também após analisarmos a documentação de importação referentes a essas mercadorias, notamos que as B/Ls e Invoices estavam todas não em nome do importador, mas em nome de uma trading que nacionalizava as mercadorias conforme o importador fosse solicitando e pagando pelos custos. Dessa forma, tínhamos duas opções, auxiliar o exportador e encontrar novos compradores para as mercadorias ou aguardar que o importador o fizesse.


Apresentamos essas opções ao exportador que escolheu pela primeira, uma vez que todas as documentações estavam em nome da trading e de acordo com a legislação vigente brasileira apenas as empresas mencionadas nas documentações de importação poderiam iniciar o processo de nacionalização das mercadorias enviadas aos portos brasileiros. Nesse caso, para comercializarmos as mercadorias precisaríamos apenas contatar a trading, explicar a situação e iniciar o processo de comercialização da mercadoria com o auxílio deles.


Com a ajuda da trading e com a relação completa de todas as mercadorias enviadas ao Brasil, pudemos perceber que o “parceiro” brasileiro havia nacionalizado também mercadorias que não tinham sido contempladas pela licitação e que por isso também deveriam ter sido pagas, ou seja, o importador nacionalizou mercadorias e as não as pagou devidamente. Por isso, além de não ter sido capaz de comercializar as mercadorias enviadas, conforme convenceu o exportador que seria capaz de fazer, mas também não pagou todas as mercadorias nacionalizadas.

Com isso, trabalhamos em duas frentes, a primeira com a ajuda da trading revendemos a mercadoria que se encontrava no porto e corriam risco de ir à perdimento e na segunda frente cobramos o pagamento das mercadorias nacionalizadas pelos importadores. Assim sendo, conseguimos recuperar todo o crédito que era devido ao fornecedor chinês também como conseguimos evitar qualquer perdimento da mercadoria depois de revender o restante da mercadoria que ainda se encontrava no porto brasileiro, ou seja, a interferência de nossos funcionários foi fundamental para evitar uma grande perda para a empresa chinesa.


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 CASE 2


Depois de receber um determinado grande pedido para envio de uma mercadoria para o Brasil, uma empresa chinesa produtora de vidros de blindagem, envia esse pedido conforme solicitado pela pessoa que fez o contato inicial. Contudo, após dias sem receber qualquer pagamento e sem conseguir realizar qualquer contato com o suposto comprador, esse exportador chinês nos contata e explica a situação em que se encontrava.


Nos nossos primeiros passos, tentamos entrar em contato com a pessoa que se apresentou ao fornecedor sendo o comprador, posterior responsável pela comercialização e consequente realização dos pagamentos ao exportador, entretanto, assim como com o fornecedor, nós também não conseguimos entrar em contato com o “comprador”.


Com isso, analisamos a documentação de importação e entramos em contato com a empresa que era mencionada nessas documentações, ao conversarmos com o diretor dessa empresa, eles simplesmente não reconheceram o pedido dessa mercadoria e nem mesmo o nome da pessoa que teria entrado em contato com o exportador chinês. Para elucidar essa situação complicada, tentamos localizar as mercadorias para a partir desse ponto tentar traçar um curso de ação.


Acontece que as mercadorias ainda se encontravam no porto, por isso, ainda poderíamos cuidar de nacionalizar a mercadoria, além disso, após fazer uma pesquisa detalhada notamos que a empresa mencionada nas documentações atuava em um ramo completamente diferente das mercadorias que tinham sido importadas e a pessoa que fez o primeiro contato estava inalcançável. Desse modo concluímos que nesse caso se tratava de uma tentativa de fraude, ou seja, o fraudador (nesse caso, a pessoa responsável pelo primeiro contato com o exportador) utilizava as informações de uma empresa brasileira grande para enganar exportadores e realizar pedidos de mercadorias oriundas de outros países e depois tentava nacionalizar essas mercadorias com documentações falsas para comercializá-las e não realizar o pagamento para o fornecedor.


Para solucionar esse problema, explicamos para a empresa brasileira e para nosso cliente chinês o que realmente havia acontecido neste caso, pois a empresa brasileira corria o risco de sofrer possíveis problemas com a Receita Federal, visto que, caso a mercadoria que estava em seu nome fosse à perdimento, eles certamente teriam problemas para importar novas mercadorias além de também serem vítimas desse fraudador, e o nosso cliente corria o risco de perder todas a mercadorias enviada ao Brasil e assim ter que arcar sozinho com todos os custos envolvidos na produção.


Recomendamos então que a empresa brasileira nos ajudasse a encontrar um novo comprador para essa mercadoria para arcar com os custos de nacionalização e comercialização. Dessa forma, a empresa brasileira receberia os pagamentos desse novo comprador e então remeteria esses pagamentos ao nosso cliente, visto que de acordo com a legislação brasileira somente a empresa citada na documentação de importação poderia enviar remessas ao exportador, pois é assim que a Receita Federal brasileira faz o controle de envio de divisas ao exterior.

E em questão de semanas todo esse processo descrito acima foi concluído, evitando assim que nosso cliente sofresse uma perda grande, assim como evitando que a empresa brasileira recebesse penalidades futuras por conta de uma fraude realizada por um terceiro.


Em suma, foi a o profundo conhecimento de nosso corpo de funcionários acerca de não apenas do funcionamento da legislação brasileira que dita o comércio exterior, que auxiliou no processo de tomada de decisão, como também a nossa habilidade em localizar empresas e mercadorias que nos permitiu evitar qualquer tipo de perda para o nosso cliente, concluindo este caso com um completo sucesso.


Para fazer um adendo, alguns meses depois, foi amplamente divulgado nas mídias tradicionais brasileiras que a pessoa que realizou essa fraude foi presa acusada de cometer esse mesmo crime com diversas outras empresas brasileiras e estrangeiras, provando assim que nossos funcionários estavam corretos em assumir esse caso se tratava de uma tentativa de fraude e confirmando que o curso de ação tomado anteriormente foi correto.